Leiam o excerto abaixo tirado de:
e vejam o filme da 1ª actuação dos POLICE.
The Police – Live at the Old Grey Whistle Test
02.10.1978
(…)O dia do meu aniversário, em Outubro desse ano, será particularmente cheio.
()…
Visto a roupa da minha personagem (um fato de pele de tubarão, uns mocassins italianos e um casaco de cabedal cinzento. Depois de penteado e da maquilhagem – o meu cabelo está pintado de louro platinado e com umas pinceladas de tinta metálica para lhe dar um ar extraterrestre – apresento-me ao trabalho às oito em ponto. Estou um pouco ansioso pois, ao fim da tarde, terei de estar em Manchester, a quase quinhentos quilómetros dali. Os Police vão cantar no The Old Grey Whistle Test, o programa musical mais influente da televisão.
(…)
Chegamos ao aeroporto a segundos da hora da partida. Corro por entre a multidão e sou a última pessoa a entrar para o avião, que levanta voo sob uma chuvada persistente.
Continua a chover quando chegamos a Manchester(…)Vamos tocar ao vivo, e temos de tocar bem. Temos uma hora até ao programa e, como ainda estou com um ar de extraterrestre, vou à sala de maquilhagem e pergunto se têm algum spray prateado para o cabelo. A menina da maquilhagem tira uma lata de um dos armários e pergunta:
- Quer que eu lho ponha?
- Não – respondo – Eu consigo.
Pego na lata e aponto-a ao alto da cabeça, a uns quinze centímetros de distância. Não sai nada. Experimento outra vez. Nada. Agito a lata e verifico se está cheia. Torno a carregar, mas não sai nada. Inspecciono o pulverizador mais de perto, a menos de três centímetros dos olhos e, idiota que sou, carrego no botão do aerossol, esguichando a tinta directamente para os meus olhos. Parecem duas lâminas a rasgar-me as órbitas, e desato a gritar(…)
Por sorte há uma clínica oftalmológica mesmo ao lado dos estúdios da BBC. Põe-me um spray anestésico e dizem-me que tenho queimaduras causadas por químicos. Stewart empresta-me os seus óculos escuros, que me ficam enormes, mas não posso aparecer na televisão como se estivesse com uma hemorragia nas órbitas. Vejo-me ao espelho e pareço um zombie.
Estamos no ar durante dez minutos, os dez minutos mais longos da minha vida. Os óculo,s grandes de mais, estão sempre a escorregar-me no nariz, mas, como tenho as duas mãos ocupadas com o baixo e tenho de cantar ao mesmo tempo, para que os óculos não caiam no chão, tenho de passar o tempo todo a torcer o nariz e a inclinar a cabeça para trás, como se tivesse um tique involuntário. Dir-me-ão mais tarde que as pessoas pensaram que era aquela a minha pose em palco(...)e que logo no dia seguinte havia miúdos por todo o país com óculos grandes de mais, a torcerem o nariz e a atirarem a cabeça para trás, como se fossem doentes mentais com uma demência facial.
02.10.1978
(…)O dia do meu aniversário, em Outubro desse ano, será particularmente cheio.
()…
Visto a roupa da minha personagem (um fato de pele de tubarão, uns mocassins italianos e um casaco de cabedal cinzento. Depois de penteado e da maquilhagem – o meu cabelo está pintado de louro platinado e com umas pinceladas de tinta metálica para lhe dar um ar extraterrestre – apresento-me ao trabalho às oito em ponto. Estou um pouco ansioso pois, ao fim da tarde, terei de estar em Manchester, a quase quinhentos quilómetros dali. Os Police vão cantar no The Old Grey Whistle Test, o programa musical mais influente da televisão.
(…)
Chegamos ao aeroporto a segundos da hora da partida. Corro por entre a multidão e sou a última pessoa a entrar para o avião, que levanta voo sob uma chuvada persistente.
Continua a chover quando chegamos a Manchester(…)Vamos tocar ao vivo, e temos de tocar bem. Temos uma hora até ao programa e, como ainda estou com um ar de extraterrestre, vou à sala de maquilhagem e pergunto se têm algum spray prateado para o cabelo. A menina da maquilhagem tira uma lata de um dos armários e pergunta:
- Quer que eu lho ponha?
- Não – respondo – Eu consigo.
Pego na lata e aponto-a ao alto da cabeça, a uns quinze centímetros de distância. Não sai nada. Experimento outra vez. Nada. Agito a lata e verifico se está cheia. Torno a carregar, mas não sai nada. Inspecciono o pulverizador mais de perto, a menos de três centímetros dos olhos e, idiota que sou, carrego no botão do aerossol, esguichando a tinta directamente para os meus olhos. Parecem duas lâminas a rasgar-me as órbitas, e desato a gritar(…)
Por sorte há uma clínica oftalmológica mesmo ao lado dos estúdios da BBC. Põe-me um spray anestésico e dizem-me que tenho queimaduras causadas por químicos. Stewart empresta-me os seus óculos escuros, que me ficam enormes, mas não posso aparecer na televisão como se estivesse com uma hemorragia nas órbitas. Vejo-me ao espelho e pareço um zombie.
Estamos no ar durante dez minutos, os dez minutos mais longos da minha vida. Os óculo,s grandes de mais, estão sempre a escorregar-me no nariz, mas, como tenho as duas mãos ocupadas com o baixo e tenho de cantar ao mesmo tempo, para que os óculos não caiam no chão, tenho de passar o tempo todo a torcer o nariz e a inclinar a cabeça para trás, como se tivesse um tique involuntário. Dir-me-ão mais tarde que as pessoas pensaram que era aquela a minha pose em palco(...)e que logo no dia seguinte havia miúdos por todo o país com óculos grandes de mais, a torcerem o nariz e a atirarem a cabeça para trás, como se fossem doentes mentais com uma demência facial.
(Não me)AGARREM PORQUE OS POLÍCIAS VÊM AÍ!!!!!
5 comentários:
Ora bolas!
Pensei que era alguma coisa fantástica....... estou desiludida. lol
Fátima:
Lamento que o que seja fantástico para os outros, e que não seja para ti, te desiluda!Mas, mesmo desiludida comigo, gosto de ti à mesma:)
Não estou desiludida contigo! Esta desilusão só tem a ver com o "suspense" destes dias todos... tanto que esperei... e sai um concerto... ora bolas!!! :)
Mas eu gosto muito dos Police e de ti também.
Róxaneeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Fátima: Então mas conta lá o que é que pensavas que era: o período?
Netfm: Ieô!Ieô!
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