TOP 10 DOS LUGARES QUE O MUNDO ESQUECEU #6

Nº6 - COLÔMBIA
Droga de Guerra
Vivendo sob condições precárias nas áreas de conflito da Colômbia

Em grande parte alimentada pela briga pelo controle do tráfico de drogas, a guerra civil da Colômbia, existente há décadas, freqüentemente chega aos noticiários. No entanto, o impacto do conflito na população civil do país raramente é foco de atenção. Ao longo dos anos, cerca de 3,8 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas devido à violência causada pelas forças de governo, paramilitares e as forças rebeldes por controle territorial, fazendo com que a Colômbia fique em terceiro lugar no ranking dos países com o maior número de deslocados internos, vindo atrás apenas do Sudão e da República Democrática do Congo. Os grupos armados tomaram quase metade das áreas rurais da Colômbia, fazendo com que os civis não tenham acesso à saúde através do bloqueio de estradas, forçando crianças a entrarem para as milícias e matando os suspeitos de colaborarem com grupos rivais. Os civis são tratados igualmente com suspeitas de serem potenciais colaboradores das forças armadas da Colômbia e freqüentemente enfrentam duras represálias.

Em desespero, as famílias deixam as suas casas rumo às favelas nos grandes centros urbanos com pouco mais do que roupas em suas malas. Quando chegam, ao procurar por trabalho e abrigo, freqüentemente encontram condições de vida tão ameaçadoras quanto as existentes nos campos. Suas novas casas são superpopulosas, sem cômodos adequados.

As condições de vida podem levar a infecções respiratórias e diarréia, mas há pouco acesso a cuidados de saúde. Há também poucos deslocados internos que têm a opção de voltar em segurança para as casas que tiveram de abandonar. MSF está presente em 13 dos 32 departamentos da Colômbia, trabalhando em áreas rurais isoladas através das clínicas estáveis e das móveis e em áreas urbanas onde as famílias deslocadas se reuniram. As equipes oferecem uma gama de serviços, que variam de vacinação à saúde reprodutiva e emergência, além de oferecer atendimento psicológico às vítimas da violência. À medida que o conflito na Colômbia entra em sua sexta década e grupos armados continuam a atacar civis, muitos colombianos não se lembram mais como era sua rotina antes de suas vidas serem comandadas por armas e terror.