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Eram três irmãs gémeas, redondinhas, redondinhas, umas verdadeiras bolinhas!
Quando nasceram, os seus pais, dois grandes pontos, ao olharem para elas disseram:
A primeira vai chamar-se Bolina, a segunda Esferina e a terceira tem mesmo cara de Pontina.
Andavam sempre juntas, vestiam-se de igual e não passavam umas sem as outras ... quais mosqueteiras.
As pessoas, não atinavam com os nomes, e chamavam-lhes três bolinhas.
Portavam-se sempre bem na escola, nunca dando erros, nunca se esquecendo de pôr os pontos nos is.
Os colegas achavam-nas um bocado aluadas porque, muitas vezes, deixavam as conversas a meio, tipo …
Gostavam muito de desfilar e marcar pausa … durante imenso tempo …
Um dia, depois de uma aula de poesia, as três bolinhas foram rodeadas por uma quantidade de palavras furiosas que, fartas de elas lhes estarem sempre a roubar o protagonismo, interrompendo o discurso, de uma forma mal educada, resolveram dar-lhes uma lição.
Ainda bem que apareceram umas vírgulas a separá-las, que com a ajuda de outros sinais de pontuação, seus familiares, evitaram que elas se metessem num 31.
Depois de uns longos momentos de tensão, a confusão foi terminada com um ponto final.
Ninguém se magoou mas as 3 bolinhas, redondinhas, redondinhas, juraram a pés juntos que o assunto não terminava por aqui …