quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

METRO A METRO - PONTO A PONTO: HÁ CRISE?

1. Numa estação de metro, meu ponto de passagem diária, existem várias lojas, a maioria do mesmo dono.
Algumas dessas lojas têm mais que um colaborador, funcionário, lojista, empregado.
Quando passo, de manhã, essas lojas encontram-se fechadas (há outras abertas).
Hoje quando passei, ao largo, reparei que havia, numa dessas lojas, uma peça de vestuário que me poderia, eventualmente, interessar.
Bem, pensei eu, vais lá à hora do almoço;
Chego lá dou com o nariz na vitrine. Tanto essa loja, como todas as outras do "grupo", estavam fechadas para almoço.
Se eu fosse empresária pensaria, exactamente, como penso sem ser empresária.
Ponto 1: Nunca poria todas as lojas com o mesmo horário de almoço.
Ponto 2: Lojas com mais de um funcionário não fechariam para almoço.
Muitas vezes, e em locais de passagem como no metro, são oportunidades de negócio que se perdem.
2. Vi numa outra loja do metro um casaco na montra que me agradou e da cor que eu desejava.
Era peça única e só podiam vender a peça verde, a branca ou a castanha, a da montra (se é que se pode chamar àquilo montra) não a podiam retirar.
Ponto 1 e único: No caso vertente, todas as peças da minha loja, seriam peças para serem vendidas.
3. Há pessoas que não costumam andar de metro, mas que sabem que existem lojas debaixo da terra.
Aqui há uns tempos uma prima minha gostou do modelo de um casaco que uma colega tinha comprado numa das lojas deste metro.
Para ter acesso às lojas do metro teve que adquirir bilhete de viagem.
Acabou por não comprar o casaco porque o casaco mais o bilhete de metro saia-lhe mais caro que comprar um casaco na Zara.
Ponto 1 e único: No caso de compra, rembolsaria ao cliente o valor do bilhete de metro.
Mas não há crise, a minha alma do negócio é que está parva!

9 comentários:

Restelo disse...

Essa do metro tá interessante...
Quanto à crise, aqui, ninguém sabe o que isso é! No UK há milhares de pessoas a serem despedidas, bancos a fecharem, os que sobrevivem precisam de ajuda do estado, as contas da electricidade e afins aumentam descomunalmente. É acordar todos os dias e agradecer (ainda) ter um emprego, ainda ter uma conta no banco para poder pagar as contas, não ter apenas uma parte do dinheiro que se tinha porque o banco onde se tinha a conta FALIU. Isso sim, é crise!

Patti disse...

Mas quem é que se lembra de fechar lojas à hora do almoço?

E também não tinha pensado nessa do bilhete, se queres ter acesso a algumas lojas.

Si disse...

A alma do negócio está apenas em quem dele precisa para sobreviver. O dono dessas lojas terá de sobra,concerteza, mas é para ele. Quando houver falta de alguma coisa, basta dispensar alguns funcionários e o problema estará resolvido....

Paulo Cunha Porto disse...

Querida Gi, parece-me evidente que os donos dessas lojas são psicólogos refinados: pondo tantos entraves à aquisição, incutem nas pessoas, no subconsciente delas, a noção perseverante de que a mercadoria deve ser excelente, com tanta dificuldade para chegar a ela...
Não Te lembras do filme do Rohmer «L´Amour L´Après-Midi», em que o protagonista resistia facilmente aos vendedores empenhados, mas comprava tudo quando eles evidenciavam desinteresse?
E depois... a psicanálise chamou-se a "Psicologia das Profundezas". Estamos a falar do Metro, não estamos?
Beijinho

Miepeee disse...

O fulano das lojas e parvo. Depois queixam-se.

Anónimo disse...

Pois.... depois queixa-se......
Conheço um que abriu um mini-mercado num bairro dormitório, a abrir às 9, a fechar às 19 e a fazer hora de almoço das 13 às 15h.
Passado um ano fechou... dizia que o negócio não dava!
Pudera!!!!

paulofski disse...

Com essas dicas ainda revolucionas o comércio subterrâneo.

aespumadosdias disse...

Há lojas no interior do metro?
Tenho de andar mais vezes de metro.

Pitanga Doce disse...

Ponto 1 2 3 e 4, (espera lá que não há o 4)
Tenho vestidos lindos e maravilhosos (de Verão, inclusive apareço em várias fotos com um verde) que foram comprados na Azul-Limão, uma loja que fica na estação do Metro Saens Pena. Conheces? Não? Também não conheço as tuas. hehe

Essas lojas funcionam em horário comercial normal, das 9 ás l8 ou l9hs e não fecham em hora alguma no meio do dia. Estão do lado de fora das catracas, mas devem pagar uma licença polpuda à Concessão do Metro.

Também fico lixada quando gosto de uma peça, digo que vou comprá-la e não a "podem tirar da vitrine". Acho que, na verdade, já está reservada à dona.

Quando abrires uma loja me avisa que vou lá comprar, tá bem???