quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

UM TEXTO DE E NO NATAL POR DIA E NEM SABEM O BEM QUE LHES FARIA




fotos minhas - Praça de Londres, Lisboa
O PISCO E O PINHEIRO
Uma lenda de tradição europeia
Era véspera de Natal, um vento gelado varria a floresta e todos os animais se encontravam abrigados nas suas tocas e ninhos.
A única excepção era um pequeno pássaro, um pisco aflito que procurava abrigo entre as árvores da floresta.
Por ser pequeno,tinha sido incapaz de acompanhar os seus companheiros na migração para terras mais quentes, e agora encontrava-se só, a enfrentar os rigores do inverno por sua conta.
De árvore em árvore, o pisco pedia ajuda, desesperado:
_ Velho castanheiro, venho pedir-te que me deixes pousar entre as tuas folhas. Este frio gela-me os ossos, mal consigo voar...
- Não sabes, por acaso, que sou o rei da floresta? -responde o castanheiro.- E que entre as minhas folhas só permito aves nobres?...
O pisco, cabisbaixo, dirigiu-se então à faia que se erguia uns metros mais adinate, mas também ela o olhou com desprezo, dizendo-lhe que desaparecesse dali.
O pisco continuou o seu caminho.
Doía-lhe a garganta, o seu corpo ardia em febre, e foi com muito custo que conseguiu chegar junto vidoeiro, essa árvore de casca grisalha, que parecia sempre tão gentil...
Mas bastou uma frase dita quase em surdina para o pisco compreender que também ali não encontraria ajuda:
- Vai-te daqui, pequena ave...
O pisco estava desesperado. Pensava já não ser possível salvar-se, quando ouviu a voz do pinheiro bravo:
- Abriga-te aqui. As minhas agulhas são finas, mas tudo farei para te proteger.
Apesar de não ter a folhagem densa das outras árvores, o pinheiro fez o que pôde para abrigar o pisco, desculpando-se até por não lhe poder oferecer mais conforto.
O pisco aninhou-se o melhor possível e assim passou a noite...
No dia seguinte, quando o grande criador da floresta soube desta história ficou furioso: como era possível que as suas árvores tivessem sido tão egoístas? E decidiu castigá-las, retirando com um só golpe de vento toda a folhagem que as cobria.
O grande criador da floresta ordenou que, a partir de então, todas árvores que tinham sido egoístas suportariam, sem roupa, os meses mais frios, e que apenas o pinheiro se manteria sempre verde.
É por isso que, desde então, o pinheiro foi eleito a árvore do Natal, por ter sido o mais generoso de toda a floresta.

1 comentário:

Ana Brasão disse...

Uma História Fantástica que fui "desenterrar" do meu baú e que este ano será tema para a festa de natl do meu grupo de crianças