segunda-feira, 12 de abril de 2010

AUF WIEDERSEHEN

O Carlos  lançou um desafio, pedindo-nos que escrevêssemos no nosso blogue sobre a nossa cidade preferida.
Confesso que tinha resolvido não participar, por duas razões; a primeira, não interessa para o caso vertente, senão não estaria aqui a escrever; a segunda prende-se com a minha dificuldade em escolher A cidade preferida.
Considero-me uma turista de alma, em qualquer buraco sou capaz de encontrar encanto, esteja eu a isto disposta.
As cidades (e quem diz cidades, diz vilas, aldeias, locais, buracos ... p-a-í-s-e-s), são como os seres humanos, reagem conforme nós reagirmos.
Se não estivermos dispostos a amá-las, elas também são indiferentes.
Também não as devemos comparar, porque tantos factores, a elas externos,  fazem com que nos sintamos melhor numa em detrimento de outra!
Por isso não vos vou falar de Luanda, a cidade onde nasci e vivi até aos treze anos; porque ela me empurrou para fora dela e eu tive que seguir o meu caminho ... caminhando de costas para ela para poder amar a cidade que me acolheu: Lisboa.
Poderia falar de Lisboa, pois poderia, mas também não seria a mesma coisa; muitas vezes só sabemos falar, empolgantemente, da cidade que sabemos amar, quando dela nos distanciamos. E eu não me distanciei!
Poderia falar de Goa; mas Goa é um Estado,  a terra onde vivi mais tempo era uma aldeia e, só agora, ao fim de imensos anos sem lá ir, a começo a amar, talvez porque tivesse sido obrigada a estar lá e longe de quem e do que mais amava.
Gaja chata esta, já devem estar a pensar. Haja paciência!
Afinal qual é a cidade da vida dela? Raio de 31 em que me meti!

Desculpe lá Carlos, sei que o Carlos não merece, mas o que é que quer?!!!!

Aqui vai, então.
Numa outra vida devo ter sido Alemã!
Aliás arianos, que Hitler tanto exaltou, não são mais do que os povos que povoaram a Península da Índia ainda Deus não pensava em fazer Cristo!
E a cruz suástica? Não é mais do que uma cruz gamada: Na Índia vi imensas suásticas só que os braços estavam na direcção anti-horária.
Voltando, à salsicha, desde pequena que gosto  da Alemanha, da sua língua, quando a maioria dos portugueses e do mundo, em geral, os detesta!
Quando fui à Alemanha, senti-me em casa.
Poderia ter escolhido Munique, Ratisbona e outras cidades por onde passei, mas resolvi escolher Nuremberga por ter sido lá muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito mais feliz ainda do que nas outras.
FAÇAM ENTÃO FAVOR DE A CONHECER:


Foi, exactamente, o que fiz!

Weinstadel (Antigo Armazém de Vinhos)
Um dos edifícios mais belos edifícios da cidade, feito em madeira, situado nas margens do Rio Pegnitz.
Eregido em 1446/48, foi originalmente uma leprosaria, passando, a partir de 1571, a funcionar como loja e armazém de vinhos.
Actualmente funciona como uma "república" para estudantes.

Henkersteg (Ponte do Enforcador)
Foi construída 1457. Entre os séculos 16 e 19 o Enforcador da cidade vivia segregado, já que a sua profissão era considerada "desonesta" , e vinha à cidade através desta ponte.




Igreja de Nossa Senhora (Católica)
É a 1ª Igreja gótica da Francónia
Esta Igreja situa-se no centro histórico, na praça principal, tendo sido reconstruída (como, aliás, muitos outros edifícios) após a sua destruição na Segunda Guerra Mundial.


Schönner Brunnen (Belo Charfariz)
Foi erigida em 1385 mas foi substituída por uma réplica no início do século 20. Toda ela é decorada com estátuas. No gradeamento existe um anel dourado (que o Sr. na imagem está a rodar) ... dizem que se o rodares 3 vezes os teus desejos serão satisfeitos.







O Museu Municipal Fembo Haus com o seu relógio solar












A casa de Albrecht Dürer





Uma caixa de estrada pintada




















Aqui fui tratada como uma Princesa e um Cavaleiro levou-me, no seu cavalo alado, a passear nos seus domínios.

Porque é que esta é a minha cidade preferida? Porque quando me sinto em baixo é para tudo isto que a minha alma voa and then I don´t feel so bad!

Dizem que não devemos voltar aos lugares onde fomos felizes, pois eu volto, sempre que posso.
AUF WIEDERSEHEN!

8 comentários:

Patti disse...

Não sei se na altura, já tinhas publicado estas fotos, mas são lindas, lindas e nunca é demais vê-las de novo!

PAS[Ç]SOS disse...

Quanto me revejo na análise de que somos nós e a disponibilidade e a vontade que levamos que transforma as cidades e nos permite [vi]ver os mesmos seres inanimados de forma totalmente diferente conforme o nosso momento de visita, de estar, de permanecer.

Precious disse...

Também adoro a Alemanha, mas esta só conheço de fugida. Para mim, seria complicado escolher apenas uma cidade para me encher as medidas, porque tantas me agradam por motivos diferentes. Munique e Berlim estão bem classificadas no top. Budapeste e Praga também.

Anónimo disse...

Antes de mais, obrigado por ter participado no desafio. Por coincidência, foi no dia em que o 31 foi a minha sugestão do dia. Espero que ninguém pense que aceiei uma cunha e a passei á frente dos outros participantes ( rsrsrs)
Só conheci Nuremberga de passagem. Parecu-me uma cidade bonita, mas não tive tempo para mais do que isso.
Uma das minhas melhores amigas é alemã e gosto da Almanha, mas quanto ao povo alemão, depende...

Girstie disse...

É bem bonita a cidade. :) Abriu a curiosidade de a visitar.

ematejoca disse...

"Numa outra vida devo ter sido Alemã!" Esta frase podia ser minha, ou melhor, eu sou Alemã de alma e coração!!!

Gostei muito das fotografias, mas
Düsseldorf é a cidade alemã mais bonita, onde sou muito feliz.

Auf Wiedersehen!

Carlota e a Turmalina disse...

Adorei... foi a cidade, sem dúvida alguma, mais retratada nesse desafio. E ela não fez feio, pois é linda em casa detalhe. Obrigada por compartilhar :o)

redonda disse...

Gostei muito da sua cidade e do seu texto (pela forma com sentido de humor como está escrito) e das fotografias (gosto de ouvir falar em alemão porque a minha mãe e uma das minhas irmãs sabem - a minha mãe andou no Colégio Alemão e a minha irmã licenciou-se em filologia germânica).
Ainda não estive em nenhuma cidade alemã (só num aeroporto)

Cheguei até aqui pelo link do Crónicas do Rochedo.