Dia: 21.04.2007
Local: Uma Esplanada
16h10m
- Boa Tarde, vai desejar alguma coisa?
- Estou à espera de umas pessoas.
- Para almoçar....
- Não. Para lanchar!!!!
- Ah, então não pode ser.
- Desculpe?
- Estamos a servir almoços.
- Mas já passa das 4 da tarde!!!!!
- Pois; mas estamos a servir almoços.
- Então, se não se importa, gostaria de almoçar um chá e...
- Só pode almoçar o que consta da ementa.
- Então e lá dentro? (Não esquecer que estava na esplanada)
- Lá dentro é como cá fora.
- Mas posso ficar ficar aqui sentada à espera das minhas amigas e à espera que seja a hora do lanche?
- Não, não pode, porque pode vir gente para almoçar.
- Ah!!!!
- Tem Livro de Reclamações?
- Estão ali as Regras afixadas.
- Perguntei se tem Livro de Reclamações.
- ( )
(Levantei-me, encostei-me à guarnição lateral da esplanada, fiquei à espera das amigas e a
apreciar).
Em meia hora nunca vi tanta gente sentar-se na mesa que eu tinha ocupado momentos antes e levantar-se como se tivessem molas.
Leiam os diálogos:
- Vêm almoçar?
-Não, gostaríamos de beber café.
- Então não pode ser porque estamos a servir almoços.
Não sei se são capazes de imaginar as caras dos "nunca-mais-cá-venho" clientes?
Outro diálogo:
- Vêm almoçar?
- Nao gostaríamos de um Ice Tea de....
- Não podemos, porque estamos a servir almoços.
- Uhmm, ouviste isto?
Não sei se são capazes de adivinhar as caras das "mas-será-que- isto-me está-a-acontecer" clientes?
Entretanto eram 16h30, uma das minhas "babes" já tinha chegado e assistido, atónita, a este último diálogo.
Estava eu a acabar de explicar o que se tinha passado comigo, enquanto esperávamos pela outra "babe", quando se aproxima de nós mais um colborador deste magnífico emprendimento de restauração situado na Praia de Santo Amaro de Oeiras.
Ah, é preciso informar os leitores que o cenário deste pardieiro se apresentava como se descreve:
Interior: Completamente vazio. (!!!!!)
Exterior: Composto por meia dúzia de mesas em que 3 estavam ocupadas com famílias/casais conversando junto aos restos mortais de um outrora opíparo almoço!!!!
3 mesas completamente vazias!!!!!
Voltando ao distinto colaborador, que desta vez, se afigurava ser do sexo masculino:
- Vão desejar alguma coisa?
- Nós desejávamos lanchar...
- Pois, só estamos a servir almoços.
- Por isso é que nós estamos à espera para lanchar. Até que horas é que servem almoços?
- Não temos horário.
- Desculpe lá, eu só gostava de perceber; diga-me uma coisa se aparecer alguém para jantar,
à hora habitual a que as pessoas geralmente jantam, se houver pessoas ainda a almoçar os
Senhores não servem jantares?
- Não, aí já é jantar.
- Ah, então as pessoas que estavam a almoçar passam automaticamente a estar a jantar... é
isso?
- Não estou a perceber a razão do seu sarcasmo quando eu estou a ser bem educado consigo.
Diz a C. (uma das minhas Babes)
- Desculpe-me, mas eu acho que não atender quem quer consumir não é bom para o negócio.
- Não se preocupe com o nsso negócio.
Eu:
- Não se importa de me dar o Livro de Reclamações?
- A Senhora não sabe que se não consumir não pode solicitar o Livro de Reclamações?
- Mas eu quero consumir, o seu estabelecimento é que não me quer servir.
- Agradeço que saiam porque não estão a consumir.
Quando eu me estava a preparar para, finalmente, me tornar sarcástica (Tenham medo, muito medo!!!!) diz a C:
- Gi, vamos embora, não vamos estragar o teu dia de anos.
E lá fomos... Passamos um outro bar, igualmente da nova geração de bares da praia de Santo Amaro de Oeiras,
que estava FECHADO, provavelmente porque seguiu a mesma táctica de captação de clientes do anterior; passamos o Bar Amarelo, há anos na Praia, e ainda ABERTO (vá-se lá saber porquê?) e resolvemos ir até à MARINA DE OEIRAS, onde:
Aí sim, se servem todo o tipo de refeições a qualquer hora e por jovens simpatiquíssimos e giros.
E passámos um belo final de tarde.
Se vos resta alguma insanidade passem ao largo do:
BLU-BLU
Não se preocupem com o negócio!!!!!!
Quem vos avisa, amiga é!!!!!
(Ainda hoje sonhei com aquele Livro de Reclamações!!!! M#$%&)
1 comentário:
É bom saber como funciona este Portugal dos pequeninos.
Devem ir longe!
Enviar um comentário