Tome-se um homem,
feito de nada, como nós,
e em tamanho natural.
Embebe-se-lhe a carne,
lentamente,
duma certeza aguda, irracional,
intensa como o ódio ou como a fome.
depois perto do fim,
agite-se um pendão
e toque-se um clarim.
Serve-se morto.
Reinaldo Faria, Poemas
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