No dia do funeral do meu pai, uma antiga colega dele esteve-me a contar coisas giras que tinham acontecido tendo ele como protagonista.
O meu pai era um perfeccionista e um purista linguístico e escrevia, admiravelmente, tanto em português, como em inglês, como em concani (língua de Goa).
No trabalho passavam por ele todas as cópias de toda a correspondência que todas as secções da empresa enviavam para o exterior.
E o meu pai lá lia as cópiazinhas tintim-por-tintim, antes de ver se mereciam "follow up" ou não!
E para merecerem "follow up" tinham que ir em bom português, não resistindo a acrescentar vírgulas e a aprimorar os discursos dos colegas.
Todos os colegas sabiam deste, vamos dizer, tique do meu pai e até lhe achavam uma certa graça (amarelita, cá para mim que não sou de intrigas) e um dia esta amiga que me contou a história resolveu "lixá-lo"!
Na cópia de uma das cartas que escreveu para o exterior pôs no final o seguinte:
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e escreveu:
"para distribuir onde achar necessário"
Durante uns tempos o meu pai sofreu acentuadamente ... ponto e vírgula!
3 comentários:
!
LOL!!!!
Xá: !?
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