TOP 10 DOS LUGARES QUE O MUNDO ESQUECEU #4

Nº 4 - SOMÁLIA

Escalada

Deslocados Internos da guerra na Somália enfrentam crise humanitária
A violência na Somália sofreu uma escalada este ano, elevando-a ao pior nível já registrado nos últimos 15 anos. No entanto, tanto a assistência como a atenção a uma das mais agudas e desafiadoras situações humanitárias do mundo pareceu diminuir. As tropas da Etiópia e as Forças Transacionais do Governo, apoiadas por parceiros internacionais como os Estados Unidos e a União Européia, confrontaram-se com uma gama de grupos armados, incluindo remanescentes da União das Cortes Islâmicas. Os confrontos provocaram um número de mortes ainda não contabilizado e o deslocamento de centenas de milhares de pessoas da capital, Mogadíscio. Em 2007, MSF aumentou sua presença na capital somali em locais diferentes e abriu um programa de resposta emergencial em Afgooye, fora de Mogadíscio, onde 200 mil deslocados internos procuraram refúgio e vivem sob condições de vida extrema, sem acesso à comida, água e abrigo. Muitos dos que continuam em Mogadíscio estão em acampamentos improvisados com pouco mais do que roupas rasgadas e lâminas de plástico para abrigo e estão expostos a um alto nível de violência.

Em um país que 16 anos de guerra fizeram dele uma das nações com os piores indicadores de saúde, com uma expectativa de vida de 47 anos, poucas organizações humanitárias conseguiram administrar programas de ajuda independentes. Presente na Somália desde 1991, MSF aumentou suas operações em 2007 e agora tem projetos em dez das 11 regiões do sul e centro da Somália. Mesmo assim, em muitas áreas, especialmente em Mogadíscio, MSF sente-se extremamente frustrado por sua inabilidade de alcançar mais pacientes devido a problemas de segurança. Em agosto, MSF fez um apelo para que todas as partes envolvidas no conflito respeitem o direito à segurança dos trabalhadores médicos e que permita o acesso ao atendimento médico em Mogadíscio e em seus arredores. Em todos os hospitais de MSF, de Kismayo a Galcayo, os serviços médicos oferecidos variam desde atendimento primário e materno até serviços de cirurgia, com enfermeiras e médicos tratando desnutrição, tuberculose, kalazar, cólera e traumas associados à guerra diariamente.

Fonte: Médicos Sem Fronteiras