Quando eu era menina e moça, bem mocinha, andei num Colégio de Freiras.
Já nesse tempo havia empatias, simpatias e antipatias entre alunos e professores.
Nunca me lembro de ter havido processos por difamação movidos pelos professores aos alunos e vice-versa ... se calhar porque toda a gente lidava bem com a fama.
Ainda me lembro do hino que nós, as alunas do tal colégio de freiras cantávamos, com a música do Hino Nacional (exactamente!), e nunca caiu nem o Carmo, nem a Trindade.
HINO DO COLÉGIO
Herois do Mar
Nozes podres, maça reineita
uva Ferral
Levantar tarde da cama
é o nosso lema ideal
Entre as bruxas do colégio
a Morcego é o camaféu
que nos anda sempre a chatear
e o que nos quer
é chumbar
Socorro, Socorro,
o colégio está a arder
Socorro, Socorro
cabular até morrer
contra os portões
batatas e feijões.
Como este hino, fazíamos tantas ou mais diabruras que a juventude de hoje e até houve momentos a seguir ao 25 de Abril de 1974 de verdadeiros abusos.
Mas nunca se assistiu ao desrespeito total pela própria classe, pela própria consciência , pelo sentido de hierarquia, pelas responsabilidades acrescidas que SER ADULTO acarreta ... como hoje!
Mas, no tempo da Outra Senhora é que estávamos completamente privados de liberdade, diz-se!
5 comentários:
Quanto à irresponsabilidade e ao uso incorrecto da liberdade andarem de mãos dadas pelas ruas da amargura deve-se ao facto de ter havido uma geraçãozita ou outra, lá para trás, que falhou nalguma coisa.
Os paizinhos dos meninos.
P.S. Também andei nas freiras. Éramos uma pestes, mas sabíamos o nosso lugar.
A liberdade de uns acaba onde começa a privacidade dos outros, é assim qualquer coisa do género que se costuma dizer, não é verdade?!!
O facto é que não fossemos livres, não poderíamos por exemplo ter ou ler um blog,comentar, etc. etc.
Pode-se sempre brincar, mas falta efectivamente muito respeito pelo própio e pelo próximo!
É isso mesmo, deve-se usar a liberdade que temos por direito com equilibrio, para que se possa dizer o que se pensa, mas sem faltar ao respeito, ofender alguém ou atingir de maneira destrutiva a privacidade de alguém. Também nos meus tempos de escola, sempre houve comentários relativos a professores e nunca ninguém foi processado. Se sentiram ofendidos, a falar é que as pessoas se entendem...
Gostei e hei-de voltar....
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