Havia uma vez um cágado. Um cágado muito especial. Muito diferente da sua família. Enquanto os outros passavam o tempo todo enfiados nas carapaças, sempre metidos com eles, ele não. Estava sempre cheio de bichos-carpinteiro, seus grandes e únicos amigos, andando sempre de um lado para o outro à conta deles.
Outras vezes fartava-se destas brincadeiras e punha-se a pensar e a fazer perguntas sobre os outros bichos que o rodeavam. Havia quem dissesse que ele era um coca-bichinhos e, até, bicho-de-conta porque adorava contar histórias em que fazia de conta, para ajudar os seus irmãos a hibernar. Eles, por seu lado, faziam desta sua boa disposição um bicho-de-sete-cabeças e, muitas vezes, exasperados lá se mexiam e havia pancadaria de criar bicho.
Hibernar não era com ele. Gostava, mesmo, era de veranear.
Um dia meteu pernas ao caminho, nem a graxa dada pelos seus pais o demoveu, pegou nela e guardou-a, porque poderia fazer-lhe falta para os sapatos que tinha comprado a uma centopeia, que vivia dentro de uma sapateira e que havia perdido duas patas.
Era um cágado completamente saído da casca.
9 comentários:
Gi
uma speedada....deste-lhe o matabicho em dose dupla?
:-)))
isso quer dizer que ele se descascava frequentemente?
Adorei o teu bicho dos sete ofícios.
Olha, estou muito triste. Estive no Zoo o passado fim-de-semana e não vi as minhas tartarugas, nem em poses indecentes, nem pudicas.
Err...isso é uma história sobre o Manuel Alegre?
gosto de cágados assim!!
Ele há cada cágado...!
O título do "post" é que se me parece emanar alguns odores.
Era uma cágado sem assento, portanto...!
Era um cágado
Muito engraçado
Não tinha casca
Não tinha nada...
desconfio muito desse bichos que hibernam durante 3 meses...
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