Se há um aparelho doméstico que não descuro é o aparelho que o meu pai e a minha mãe me colocaram entre as pernas quando me criaram.
Desde que cheguei à idade em que o dito se começou a manchar de vermelho lá passei eu a ir ao Centro de Inspecção e Revisão, mais conhecido pela ida ao ginecologista, para o que eu chamo de uma verdadeira especulação à volta da pipineira.
O meu ginecologista de há vários anos a esta parte (a dita e a temporal) chama-se Francisco Xavier.
Depois de ter passado pelas mãos de uma ginecologista que, enquanto foi apenas isso, até acertava umas coisas, mas quando passou a ser dentista, homeopata e, não sei que mais porque não fiquei lá para saber o resto, depois de ela me ter dito que ia ter meninas e tive meninos, achei que o melhor era não continuar por lá a vegetar ou ainda havia de me cair os dentes, ter citrinos, cogumelos e caruncho.
Resolvi experimentar um ginecologista e gostei. São mais meigos; são mais atenciosos; tratam-nos como se fôssemos obras-mulheres-filhas-irmãs-primas-tias-sobrinhas e até avós deles.
O meu azar é que o ginecologista aconselhado por uma amiga minha após o nascimento do meu filho mais novo era mais velho que o Matusalém; tinha sido uma alta sumidade no meio do mulherio, mas já me entreguei a ele muito tarde e as suas mão tremiam imenso e faziam-me imensas cócegas ... afiançou-me, no entanto, que não a obstetra que me fez o parto não me tinha cosido demais; não fossem as cócegas, a minha maior tortura, e aquela tremideira ... ui, ui!.
Finalmente, encontrei o Dr. Francisco Xavier, tive uma epifania e nunca mais mudei. Só que o Dr. FX é médico em vários sítios e é difícil conseguir encontrar-me com ele. Consegue pôr-me desesperada para lhe abrir as pernas, o raio do homem.
Quando, finalmente, consigo marcar um encontro com ele, marco sempre para as 8 da manhã. É que FX vive noutra hora a que eu designo por menos uma hora nos Açores; pontualmente é essa a hora a que ele chega; eu estou marcada para as 8 horas ele chega ... err... pontualmente ... às 9 horas, lá está, menos uma hora nos Açores, chegando portanto (fartou-se de rir quando lhe expus esta minha teoria) às 8 horas.
Já não bastando ser difícil marcar um encontro com ele;
Já não bastando tal encontro ser a uma hora madrugadora;
Faltava, ainda, comunicar-vos, como-se-fossem-muito-louros, que somos 4 marcadas para aquela 8ª hora.
Hoje eu era a 4ª.
Ele chegou às 9 horas.
Até aqui sou uma santa, uma paciente santa.
O que me faz passar de santa a pecadora são certas pacientes como a Ana!
A primeira paciente foi lá para abrir as pernas ... não demorou quase nada.
A segunda paciente foi lá para abrir as pernas ... não demorou quase nada.
A terceira paciente, a Ana: "Ai que bom eu hoje vou ser rápida só venho cá mostrar uns exames", dizia ela quando chegou às 8h30 (eu estava lá antes das 8h mesmo sabendo que ele tem aquele fuso horário) esteve lá dentro uma hora e meia!!!!!
Fui atendida eram quase 11 horas e a sala estava já cheia de (im)pacientes da consulta das 9, das 10 e das 11, ou seja 12 mulheres.
Quando entrei disse para o Dr. "Olha, afinal a sala está na mesma, pensei que tivesse instalado um divã e agora também fosse psicólogo ginecológico".
Vira-se a enfermeira para o Dr.: Está a ver como tenho razão, Sr. Doutor?
Ó Ana, se me lês, arranja um psiquiatra, sim? Ele também vê, analisa e examina ... tudo isto muito rapidamente, como gostas, e eu como ainda não vou lá não corro o perigo de me encontrar contigo.
Quanto a mim, além de já ser complicado marcar um encontro, ainda, se calhar, vou ter que dizer que não pode ser, depois de perguntar se a Ana está marcada para o mesmo dia, à mesma hora e antes de mim.
Quanto a mim, além de já ser complicado marcar um encontro, ainda, se calhar, vou ter que dizer que não pode ser, depois de perguntar se a Ana está marcada para o mesmo dia, à mesma hora e antes de mim.
É por isso que não vou a mais médico nenhum; este põe-me fora de mim.
Note to self: Perguntar à enfermeira o nome completo da santinha.
12 comentários:
Daí a justificação de não teres servido um dos teus pensamentos ao pequeno almoço!
Anotado.
p.s: assuntos da pipineira são de outro departamento.
Gi
significa então que há muita senhora a desabafar...carências, problemas...ginecologista sofre...e tu abandonas o homem, ó menina, ele é tanta coisa ao mesmo tempo :-)
Eu trabalho com os FX, agora entendo esta minha "agonia"!!!
Bom fim de semana.
Eu já desconfiava que as patarecas eram um assunto cheio de sumo, mas não imaginava que fosse assim tanto ;)
Pois eu também tenho um ginecologista homem e não o trocaria.
Já o pai dele já era gineco da minha mãe e soube que o filho estuda medicina e quer especializar-se em ginecologia. Ao menos, exibimos a patareca sempre à mesma família...
Pobre Ana, pobre FX, pobre Gi.
E quem ganha é o blog com estas narrações.
Ganha o blog, ganha a blogger e ganham todos voceses, santos e santinhas sem caruncho.
Belo textículo!
:)
hehhe
o meu é chinês
e não o troco por mais ninhguém !!
A minha é mulher, é um espanto mas pela tua lógica, é o fuso horário da India, marco para as 8h sou atendida às 16h, mas não a troco nem por nada
não sei nada de ginecologistas.
mas depois de ler o teu teeeeeexto fiquei com mais uma dúvida:
se não é bom ter um ginecologista que treme para que é que inventaram os vibradores a pilhas?
PDuarte: 1) Inventaram os vibradores a pilhas porque nem todos podem ter um ginecologista que treme.
2) Quanto a mim, nem um nem outro são aplicáveis...por causa das cócegas. :D
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