sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
PARVA QUE EU SOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Sou da geração com educação
E não me incomodava esta condição.
Que parva que era!
...Porque isto está mal e vai continuar,
Já é uma sorte deixarem-me cá estar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para se ser educado não basta estudar.
Sou da geração da independência dos pais
Eles davam-me tudo, mas para crescer precisava de mais
Marido, filhos, queria assentar
E nem carro tinha para me deslocar,
Que parva que eu era!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para se ser educado não basta estudar.
Sou da geração "eu quero é crescer"
E havia bons exemplos por onde me socorrer
Que parva que eu era!
Sou da geração "Há que fazer mais!"
Para mudar situações que duravam há tempo demais
Que parva que eu era!
Dá-me que pensar,
Que esta nova geração
De parva não tem nada, tem um doce mamar.
Eu sei, eu sei, a parva sou SÓ eu.
Intertexto de um "hino" que anda aí na berra, dos DEOLINDA
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4 comentários:
Canta Deolinda, canta. Depois do “Movimento Perpétuo Associativo”, eles escreveram outra canção agitadora de consciências. Que parva que ela é! Que parvos que somos. Vivemos aparvalhados nesta sociedade vazia de valores, onde as oportunidades escasseiam e não são para todos. E a parvalhice atinge uma grande franja da juventude adormecida, amorfa e acomodada, que não mexe uma palha e só levanta o rabo para o rendimento mínimo. E os outros com os seus diplomas debaixo do braço que fazem figuras tão parvas tão parvas! Que parvinhos que são porque trabalham a recibos verdes (já fui sócio desse clube), precarizam a vida, e sonham um dia ter uma vida própria. A ver se aprendem, sonsos!
A canção dos mixed feellings. Para mim, nem hino nem intervenção,apenas mais uma canção.
Quando uma canção é assumida por uma sociedade como uma mostra dessa mesma sociedade, o que mais se pode acrescentar?
E são tantos os exemplos por esse mundo fora...
Admira (ou talvez não) que a tais exemplos não sejam dadas as devidas atenções por aqueles que têm o poder de decidir (ou não?) para onde caminhamos!
Eu acho!!!
É sempre um choque quando se vê a realidade por escrito...
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