Ainda bem que é o tempo
Em que as mãos se me fecham
E finalmente no gajo uns murros desfecho
E eu vejo que a raiva me sai de entre os dedos
Porque o Pedro Abrunhosa já levou nos queixos
Porque o Pedro Abrunhosa já levou nos queixos
Toda a gente se encontra como eu delirante,
Em bares castiços
Em realidades sonantes.
E a cidade se enche
E a cidade se enche
De cor e aos saltos
Porque finalmente o Abrunhosa já não canta alto.
Quem levou o seu fantasma
Quem vos salvou dessa trampa
Querem saber onde é a campa? (Hope not!)
Ainda bem que é o tempo
Em que o gajo sentiu
que as pessoas se fartaram
Do que ele impingiu.
E eu feliz da vida, em golpes certeiros,
Perdida de riso, enfiava-os inteiros.
De costas voltadas não se vê no escuro
Nem o rumo da estalada
De costas voltadas não se vê no escuro
Nem o rumo da estalada
Nem a força do murro
E alguém me gritava
Com voz bem aberta
A cada murro que dava
Acerta, acerta.
Quem levou o seu fantasma,
A cada murro que dava
Acerta, acerta.
Quem levou o seu fantasma,
Quem vos salvou dessa trampa
Querem saber onde é a campa? (Não digo!)
Não me serves já estou farta
Do teu canto falado
Não me serves até me irrita
Não saberes estar calado
Não saberes estar calado
Não me serves, és hipócrita
Levaste os sem-abrigo à certa
Não me serves, pensas que enganas
Com essa pose abjecta?
Quem levou o seu fantasma,
Quem levou o seu fantasma,
Quem vos salvou dessa trampa
Querem saber onde é a campa? (Para os lados do Fantasporto!)
E pensar que já gostei tanto de o ouvir!
Deve ter sido numa outra encarnação, de certeza!
2 comentários:
Também posso dar um murrinho? Agora que ele está atordoado?
Já pensaste numa carreira como letrista? Tu levas-lhe jeito, mulher!
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