E ontem lá fui, ou melhor, fomos. Ela e eu. Eu e ela.
Cheguei ao local da feira lado a lado com Carlos Vaz Marques. Ele de mochila. Eu também.
Cheguei ao local da feira lado a lado com Carlos Vaz Marques. Ele de mochila. Eu também.
Fotografias? Claro que há fotografias! Mas hoje não me apetece descarregá-las.
Ele foi ao encontro dos livros. Eu fiquei à espera do meu encontro.
O Marquês de Pombal, ou o Ramiro Leão, conforme o destaque no animal ou na besta, mantinha-se impávido e sereno de costas para a Feira, olhando as feias carantonhas dos cartazes eleitorais, os autocarros "hop on-hop off" com avermelhados turistas, ou olhando mais ao longe o Terreiro a Passo.
Virei-me para o local da feira. Lá longe uma gigantesca bandeira nacional colocava em perspectiva um acutileirante falo.
Não sei porquê apeteceu-me um calippo ... de morango.
Estava sol. Estava bom. E o Calippo apetecia.
Estreitei a vista. Da Patti nem rasto. O Carlos Vaz Marques lá ia com a mochila às costas e acrescentado já de alguns sacos nas laterais.
Volto a olhar para o Marquês, mas ele continuava de costas.
Virei-lhes as costas. Toca o telemóvel.
- Já cheguei. Estou aqui na zona da Leya. Tu sobes e eu desço. Encontramo-nos a meio.
(Pois sim, abelha. Ainda bem que subi e encontrei-a na praça da Leya.)
E lá andamos de Leya em Leya, primeiro.
- Ó minha senhora onde posso pagar estes livros?
- Eu se fosse a si levava mais um; na compra de 4 livros oferecemos o mais barato.
Eu comprei 4. A Patti comprou 8, ufanamente colocados, os dela, num cestinho de verga. Muito gosta a Patti de feiras, credo!
A Patti deixa o seu precioso e já pesado pecúlio livresco à guarda das Meninas-Leya.
E fomos feiranear mais um loooooongo pouco.
Eu comprei mais um livro. No total foram 5.
A Patti comprou 5 vezes mais. Poderia ter subido a tabuada.
- Olhe tem este livro? Não????? Que maldade!
E comemos farturas ou não fosse a Feira do Livro uma Feira que se preze. Só não havia carrinhos de choque. Andava-se à vontade. Não por entre as árvores. Entre as árvores encontravam-se os quiosques.
Fiquei a olhar e juro que vi, no lugar dela, a minha amiga Patti. Em fila uma quantidade de leitores aguardava, ansiosamente, a vez de ela autografar o seu livro "Ares da minha Graça".
14 comentários:
A Patti também comeu calipos de morango?
Não sei o que é que se passa com os escritores, já o Lobo Antunes andava a comer calipos.
Dizem as más linguas...
Beijos
A Patti não comeu; mas eu como sempre Calippo de morango, uma vez que não tenho o Hagen Dasz em todo o lado. Da Olá é o único gelado que gosto.
Que sortudas!!!! O Sol chegou para vos acompanhar e pelos vistos para vos inspirar nas compras!!!
Também quero!!!!!!!!!!!!!!!!
Vekiki: Vai, mulher! Enquanto as crianças estão na escola...Tens livros a 1 €!
Ai rapariga, tu não me digas nada. Já encomendei “Os Impostores”, do Santiago Gambpoa, lá pelo site que o senhor da Leya me deu e a 5€.
E os outros continuam esgotados, no site e tudo. Que MALDADE!
Ah mas eu ainda fiquei com os olhinhos nuns e noutros e cá para mim no sábado ainda dou lá um saltinho, como não quem não quer a coisa, lá para os lados dos Alfarrabistas e pela Relógio D’Água.
E já estive a folhear os meus livrinhos todos, e a ler passagens, e a assiná-los, e dividi-los por temas, e a ler as sinopses, e a pesquisar sobre os mais antigos na net, e … tu achas que eu me aguentava, paradinha e sentadinha na Feira do Livro, a dar autógrafos? Com aqueles livros todos ali a sorrirem para mim?
Não há dúvida!
Quem tem sorte emprega-se, quem não tem, trabalha!!!
As siamesices podiam ser um bocadinho mais abrangentes neste aspecto, não??
;)))))
Calippo de morango? Mas que magnífiva ideia!!! Adorei o Ramiro Leão. Nunca mais vou conseguir olhar para ele da mesma maneira...
Estou com a Fada: também adorei o Ramiro Leão!
Também gostava mais de ver a Patti do que a Maria João. Ia logo pedir dedicatória e ler o livro. Coisa que não consigo fazer com os escritos da Maria João.
Gi
com que então a menina foi ás farturas....gulosa, estavam boas?
:-)
Agora não vale queixarem-se de dores nos dos braços nem dos bicos de papagaio por carregarem tanto peso em livros. Quem corre, ou lê, por gosto não cansa... a vista!
Deliciosa narrativa e 'homenagem' de amizade à 'cúmplice'. Porque não tornada realidade? Se bem que a narradora talvez pudesse ter também a sua mesa... é que no domingo eu vi por lá o Ricardo Araújo Pereira, facto que demonstra que também há lugar a quem escreve com humor, sarcasmo, acutilância...
PAS[Ç]SOS: Muito obrigada. :)
Muito fixe o teu post. Já agora, espero regressar este fds à Feira do Livro.
Eu também quero estar no lançamento do "Ares". Demora muito??????
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