que veio de Portimão
eu juro que vi Pessoa
com um mala na mão
No comboio descendente
Vinha tudo à gargalhada.
Uns por verem rir os outros
E outros sem ser por nada
No comboio descendente
De Queluz à Cruz Quebrada...
No comboio descendente
Vinham todos à janela
Uns calados para os outros
E outros a dar-lhes trela
No comboio descendente
De Cruz Quebrada a Palmela...
No comboio descendente
Mas que grande reinação!
Uns dormindo, outros com sono,
E outros nem sim nem não
No comboio descendente
De Palmela a Portimão.
Fernando Pessoa
7 comentários:
Que tu viste Pessoa...
eu posso testemunhar!
Porque andaria ele
por ali a passarinhar?
Trajado de castanho
com chapéu a condizer
ia puxando a malita
prontinho para descer!
Iria para o Chiado,
para uma sessão de cultura?
às tantas levava na mala
Livros para a leitura!
Há grande Camilo, que não é (de) Castelo Branco, mas de Viana do Castelo!
E Portugal é um País de Poetas!!!!!
Há ?! grande Camilo? Não seria antes Ah grande Camilo? Ah grande Michéeeeeeeeeeeele
Soul Brada: Achas que a Micheeeeeeeele vai em comboios? E se vai, serão eles ascendentes ou descendentes?
DA CRUZ QUEBRADA A PALMELA
NÃO HÁ COMBOIO DESCENDENTE
FICAMOS TODOS NAQUELA
O QUE ELE QUER DIZER À GENTE?
Eu vou-te dizer, Val:
Neste comboio descendente
Que se chama Portugal
só com reinação permanente,
é que ninguém nos leva a mal!
Carreguei ali ao lado
e vim logo aqui parar
eh pá... já tenho saudades
de ir contigo passear.....!!!
De comboio ou de carro
só bicicleta é que não
é que não sei pedalar
posso dar um trambolhão!
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