segunda-feira, 8 de outubro de 2007

VÁLIDO NA VIAGEM ONDE FOI ADQUIRIDO

Viajar de autocarro no Porto é uma aventura, de facto!
Quando saímos da exposição de que vos falei há pouco, decidimos ir almoçar à Ribeira!
Perguntámos a um habitante do Porto qual o autocarro para a Ribeira; foi-nos dito que era o "400" e que a paragem era "já ali".
Acontece que há paragens do "400" espalhadas em várias direcções, completamente dispersas e antagónicas, tudo num raio de 100 metros;
Depois de termos decifrado qual a paragem adequada ao autocarro-que-iria-no-sentido-de-S.Bento (a paragem mais perto da Ribeira), decorreram uns míseros 30 minutos ... mas a paragem era "já ali" (Lisboetas parvos).
Quando chegámos a S.Bento, e já escaldada, pergunto ao motorista se aquela era, igualmente, a paragem de regresso a Campanhã;
- Pode ir apanhar à Avenida dos Aliados, que é já ali;
- E então se eu quiser apanhar aqui nesta rua, onde é que é?
- É aqui;
- Pois claro! (Lisboeta parva)
Lá almoçámos na Ribeira e fomos para a paragem do autocarro.
Entrar e sair de um autocarro é uma prova de perícia, para quem quer sair, e um exercício de paciência para quem quer entrar !
Havia uma senhora gordíssima, com duas muletas, que tentava a todo o custo sair sem que ninguém a ajudasse (vá-se lá saber porquê!!!!!).
Duas amigas minhas (lisboetas parvíssimas) resolveram ajudá-la, na que seria a Bad (Boa Acção do dia) delas, enquanto outras pessoas já se precipitavam no sentido contrário com vista a obtenção do melhor lugar, atropelando os que estavam em primeiro lugar na fila para entrar no dito autocarro (os parvos dos lisboetas)! Eu tentava, em vão, entregar o dinheiro ao motorista, pois braços de cá e de lá, gesticulavam, atravessavam-se num frenezi com vista à passagem do belo do passe pela maquineta que fica, estrategicamente colocada, na passagem das pessoas que querem comprar o bilhete.

Adiante... depois de ter comprado o bilhete e de me ter ido sentar, chegam as amigas protagonistas da dita BAD, completamente suadas e à gargalhada porque, depois de se terem dado ao trabalho de ajudar a tal senhora, ela dá meia volta às muletas e volta a entrar no autocarro e, ainda por cima, tentando passar à frente delas .... é claro que elas da BAD passaram à MAD (má acção do dia) e não deixaram a fulaninha passar à frente (Lisboetas, finalmente, nada parvas).

Toda a gente instalada lá fomos nós, tranquilamente, rumo a Campanhã, quando, a uma dada altura, entra uma mulher e se dirige para o lugar vago ao lado do componente masculino do nosso grupo, que nessa altura sonhava que já ia a caminho de Lisboa. A mulher, em vez de se sentar , pousa um garrafão de água no banco e diz:
"Fuoda-se, mas que é deu a estes caralhos para puorem os bancos em beludo? Quer uma pessoa dar um peido e ele nem desliza!"
E ali foi ela em pé, pois no banco só o garrafão gostava do "abeludado".
Juro, pela saúde do Bessa Leite, do Pinto Bessa e do Pinto da Costa, que isto nos aconteceu ontem, na mui bela e invicta cidade do Porto!

Nota: O bilhete é válido onde o adquiri, ou seja, na viagem.

3 comentários:

Anónimo disse...

Agora já percebo porque razão andam as pessoas de pé nos transportes públicos! Não é por falta de lugares, mas sim porque os bancos são "abeludadus" e dificulta a passagem da flatulência, claro.
Então é por isso que às vezes há uns aromas da natureza indesejados...???
Mas ao menos no Porto fica-se logo a saber a razão de tudo. Aquilo é que foi falar claro....
E a velhota das muletas? Há que "aprobeitar" o passe carago! Ele é tão caro!!!!

Anónimo disse...

E quando o prato do dia for Tripas?!

Gi disse...

Fátima: Grande Filme!!!!

Soul Brada: Serão Tripas abeludadas!