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sábado, 1 de agosto de 2009

SIBERESPAÇO

Um avião cai no meio da Sibéria, e os sobreviventes perguntam a um pastor onde se encontra a cida mais próxima. O pastor siberiano pergunta:
- Que dia é hoje?
E os sobreviventes, exasperados, tentam-lhe fazer compreender a urgência da situação e que não interessa nada saber que dia é hoje.
O pastor siberiano repete a pergunta:
- Que dia e hoje?
Um dos sobreviventes lá responde que é terça-feira. E o pastor siberiano informa, por fim:
- Para encontrar a próxima cidade caminhem nesta direcção, e aponta a direcção, até sábado. Depois, virem à direita.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

NEM SEI PORQUE DIZEM QUE AS MÃES SÃO COMPLICADAS!

Toca o telefone...
- Estou? Mãe? Posso deixar os meninos contigo hoje a noite?
- Vais sair?
- Vou.
-
Com quem?
- Com um amigo.
-
Não entendo porque é que te separaste do teu marido, um homem tão bom...
- Mãe! Eu não me separei dele! ELE é que se separou de mim!
-
Pois ... Ficas sem marido e agora sais com qualquer um...
- Eu não saio com qualquer um. Posso deixar aí os meninos?
- Eu nunca te deixei com a minha mãe, para sair com homem que não fosse o teu pai!
- Eu sei, mãe. Há muita coisa que a mãe fez e que eu não faço!
- O que é que queres dizer com isso?
- Nada, mãe ! Só quero saber se posso deixar aí os meninos.
-
Vais passar a noite com o outro? E se o teu marido vier a saber?
- Meu EX-MARIDO!! Não acho que se importe, ele não deve ter dormido uma única noite sozinho desde a separação!
- Então sempre vais dormir com o vagabundo!
- Não é um vagabundo!!!
- Um homem que sai com uma divorciada com filhos, só pode ser um vagabundo, um oportunista!
- Não vou discutir, mãe. Posso deixar aí os meninos ou não?
- Coitaditos dos miúdos ... Com uma mãe assim ...
- Assim como?
- Irresponsável! Inconsequente! Por isso é que o teu marido te deixou!
- Chega, mãe!
-
Ainda por cima gritas comigo! Aposto que com o vagabundo com quem vais sair, tu não gritas.
- Agora está preocupada com o vagabundo?
-
Eu não disse que era um vagabundo!? Eu percebi logo!
- Tchau, mãe!!
- Espera, não desligues! A que horas é que trazes os meninos?
- Já não vou. Não vou levar os meninos. Também, já não me apetece sair!!!
-
Não vais sair? Vais ficar em casa? E estás à espera de quê, que o príncipe encantado te vá bater a porta? Uma mulher na tua idade, com dois filhos, pensas que é fácil encontrar marido? Se deixares passar mais dois anos, vais ficar sozinha a vida toda! Depois não digas que não te avisei!
Eu acho um absurdo, na tua idade, ainda precisares que EU te empurre para sair!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

CALENDÁRIO DO ADVENTO *3*



NATAL CHIQUE
Vitorino Nemésio

Percorro o dia que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na minha pressa e pouco amor.

Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.

Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

DIZ-ME COM QUEM SAIS E DIR-TE-EI O QUE AS PESSOAS PENSAM...

  • COM UM CIRURGIÃO PLÁSTICO

É para te pôr como nova!

  • COM UM MILIONÁRIO

De certeza que te sustenta

  • COM UM SEM EIRA-NEM-BEIRA

Que te usa!

  • COM UM RAPAZ GIRÍSSIMO

Que te enfeita toda!

  • COM UM HOMEM MAIS VELHO

Que procuras um pai!

  • COM UM HOMEM MAIS NOVO

Que és pedófila!

  • COM UM HOMEM DE OUTRA RAÇA

Que és esquisita!

  • COM O TEU CHEFE

Que és interesseira!

  • SOZINHA

Que andas à procura de homem (ou de mulher)!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

POST QUE PODERIA SER MEU ...

"Após tanto tempo de experiências sociais bizarras continua a ser interessante perceber que há pessoas que, atafulhadas no poço de fezes que é a sua vida, tentam esticar uma mão punheteira para fora do lago de merda em que vivem, com o objectivo de agarrar outras pessoas pelas canelas e arrastá-las para junto delas.Não é a ridicularidade das suas vidas patéticas que os preocupa mas sim o facto de os outros serem menos miseráveis que eles.Inebriados pela futilidade de um cérebro limitado, constroem uma aparência mentirosa e fingem vidas e experiências afim de atrairem incautos para o dito poço de merda em que esperam não morrer sozinhos. Estes vermes repulsivos são facilmente reconhecíveis pela aura nauseante e pelo nosso próprio senso, na medida em que todos nós já tivemos o desprazer de conhecer um ou outro durante a vida.Sendo repulsivos, são também corajosos, ainda que de uma coragem que desconhecem e que roça a imbecilidade, na medida em que pensam ser possível sair da merda quando na verdade são feitos dela.Quando se é cercado por um destes mamíferos, não se deve incentivá-los, optando antes por pontapea-los de volta ao poço, cobri-los com a merda que lhes sai da boca e certificar-se de que ali ficam.

Posto isto, vou calçar as galochas. Ah-ah.
Inté :)"
Descaradamente plagiado daqui:A TUA AMIGA!

terça-feira, 25 de março de 2008

TEXTO QUE PODERIA SER MEU OU PARA BOM ENTENDEDOR ESTAS PALAVRAS BASTAM!

É para muitos irresistível opinar a respeito do que os outros devem ou não fazer na sua vida pessoal e profissional e familiar e íntima, apontando o modo como se devem comportar ante determinadas circunstâncias, o que devem ou não dizer, como devem ou não actuar.
Tudo parecerá normal entre pais e filhos (e sê-lo-á em certas idades) e até bem-vindo. A essas "sugestões" podemos chamar "educação", "orientação" ou "manipulação natural". Mas elas perdem completamente o valor na idade adulta. Ninguém que preze a sua autonomia e a do próximo pode respeitar quem impinge modos de vida correctos ao próximo, coisa no mínimo desagradável. Quando Mark Twain disse que "nada precisa tanto de mudança como os costumes dos outros" estava ironicamente a referi-se a esta realidade de gente chata de que Deus nos tem de livrar: Ou seja, nós é que estamos bem. Esquecendo os costumes bárbaros dos outros, atentemos na ironia da frase, pois se esta fosse uma solução para o mundo, deveríamos ter a lucidez de pensar que nós também somos os outros. Pode parecer confuso mas é o que acontece quando levamos a sério pessoas como Mark Twain, George Bernard Shaw e outros grandes provocadores moralistas.
[Carla Hilário Quevedo]

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

POMPOM (3)

A Ponte do Arco-Íris
Bem do ladinho do céu há um lugar chamado Ponte do Arco Íris.
Quando morre um animal que foi especial para alguém daqui, esse animal vai para a Ponte do Arco Íris. Lá existem riachos e colinas para que todos os nossos amigos possam correr e brincar juntos . Tem muita comida, água e sol, e os nossos amigos estão quentinhos e confortáveis. .
Todos os animais que estavam velhos e doentes voltaram a ter vigor e saúde; aqueles que estavam magoados ou aleijados estão inteiros e fortes novamente, exactamente como nas nossas lembranças dos tempos que já se foram. Os animais estão felizes e contentes, excepto por uma coisinha: cada um deles sente a falta de alguém muito especial , que teve que ficar para trás.
Todos correm e brincam juntos, mas chega o dia quando um subitamente para e olha para longe. Os seus olhos brilhantes estão atentos; o seu corpo treme de ansiedade. De repente ele começa a correr para longe do grupo, voando sobre o relvado verde, as suas pernas andando mais e mais rápido.
Foste avistado , e quando tu e o teu amigo finalmente se encontrarem, vão-se abraçar numa reunião feliz, para nunca serem separados novamente. Os beijos alegres chovem sobre o teu rosto; as tuas mãos afagam de novo a cabeça amada, e tu podes olhar, mais uma vez, nos olhos confiantes do teu amigo, ausentes há tanto tempo da tua vida mas nunca longe do teu coração.
Então vocês cruzarão juntos a Ponte do Arco Íris....
Autor desconhecido...

É isto que eu penso em relação à minha Pompom ...que ela foi para a Ponte do Arco Íris e aí esperará por mim
.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

HOMENAGEM #2

Esta flor tem a cor da alegria

Este Antúrio adora o sol

Vê só o pormenor da flor

Esta planta cresce, cresce, sem parar

Esta rosa é tão minúscula, que ficou desfocada


Esta sardinheira adora dar nas vistas


Esta gaivota observa o mundo, simplesmente ...

E esta decidiu que há momentos em que devemos

prestar homenagem, cantando

Mesmo quando o terreno nos leva para baixo,

temos que tentar inverter o sentido.

O momento é de liberdade, seremos livres,

onde quer que nos encontremos.

Querida Gi,

Não tenho muito jeito para estas coisas.

Não levo flores porqu sei que gostas delas no "sítio" que lhes pertence, apenas.

Sei que gostas de gaivotas, e estas querem, apenas, transmitir algumas coisas que eu sinto.


Fica tudo dito.


Ah ... estas fotos são todas originais e pessoais, algumas foram tiradas hoje (28.11).

Um grande abraço
Fátima Camilo




FICA AQUI UM "MUITO OBRIGADA", meu e da minha família, a todos, sem excepção, pelo apoio e carinho prestados, neste momento difícil.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

MÁXIMO DENOMINADOR COMUM DE HOJE NO BLOG: POLÍTICA

MARQUES MENDES TENTOU ENFORCAR-SE... NUM BONSAI !
Mas não conseguiu chegar com o cordel ao primeiro galho ...
Segundo informadores pessoais Mendes encontra-se bem ... mas frustrado.
Irá tentar novamente num pé de salsa....


Marques ... Mendes.... e mínimo

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

QUATRO PATAS BOM, DUAS PATAS RUIM (George Orwell)

HOJE É DIA DOS ANIMAS DE QUATRO PATAS
A VAZIA SANDÁLIA DE S.FRANCISCO
A gratidão da macieira e a amnésia do gato
nunca pautaram o curso dos meus dias.
"Fiquem onde estão!",
foi a minha ordem para a macieira e
para o gato,
ainda bem exteriores ao meu fraco por eles.
Salvei-os (e salvei-me!) de uma fábula
cuja moral necessariamente devia ser eu, o parlante
amigo de macieiras e conhecido de gatos.
Dá um certo desconforto malbaratar assim amigos
em dois reinos da natureza.
Mas também dá liberdade.
Há uma gente que desponta do outro lado do vale.
Está a correr para cá.
São os meus semelhantes.
Com eles vou desentender-me (mais que certo!),
mas a ideia que deles faço
é ainda um laço.
Repousem em paz as macieiras e os gatos.
Alexandre O'Neill (1924-1986) in "Poesias Completas"


Existem homens que se tornam animais assim que começam a ser tratados como homens

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

SANTIDADE (4)

A E.não entra na história
27 09 2007 09.07H
O "Caso do Sargento" é complexo, admita-se. Mas o "Caso do Sargento" só é complexo se for visto pelo lado dos protagonistas adultos que o compõem. E das soluções absurdas que a cada dia parecem inventar.
O Capítulo I é sobejamente conhecido, por isso podemos passar já aos seguintes.
Capítulo II, o pai biológico continua a reclamar o direito à filha, e a mãe biológica, redescoberta pelos media, é acometida de um súbito instinto maternal e vem também pedir direitos de visita.
Capítulo III, o Sargento é preso, depois de um mandado de captura que durante meses não foi executado por vontade popular, e a mãe "afectiva" foge com a criança.
Capítulo IV, percebe-se que em diferentes tribunais do País, decorrem vários processos, afinal todos diferentes, todos iguais, porque a "ré" é a mesma.
Capítulo V, as cenas inacreditáveis sucedem-se à velocidade da luz, e até há programas de televisão que simulam salas de audiências, enquanto partidários de uma e outra causas se digladiam. A opinião pública está ao rubro.
Capítulo VI, pesa um mandado de captura sobre a mãe "afectiva", considerada raptora da "filha" com quem vive desde os três meses, e as autoridades esforçam-se o que podem para NÃO a encontrar.
Capítulo VII, aparentemente um rasgo de bom senso parece ter iluminado a cabeça de alguém, que decide juntar as partes à mesma mesa.
Conclusão do encontro, justificado com pareceres de psicólogos: entregar temporariamente a menina aos pais afectivos e conceder direitos de visita aos biológicos.
Capítulo VIII, um pequeno pormenor tinha escapado. É que o Sargento está preso, a mãe é uma fugitiva, e a criança corre o risco de ter sido entregue a dois foras-da-lei. Solta-se o prisioneiro, retira-se a ordem de prisão à senhora, e adiante.
Capítulo IX, infelizmente a criança não parece querer colaborar. Imagine--se que começa a revelar uma ansiedade crescente, um estado psicológico preocupante. Vá-se lá saber porquê: tem cinco anos e meio, o pai foi preso por causa do "lobo mau", andou escondida para escapar ao "lobo mau", e agora há uns sujeitos, que não conhece de lado nenhum, que lhe dizem que afinal o bicho é doméstico, e uma óptima companhia para piqueniques. E já agora que afinal também há outra mãe, com quem se deve mostrar atenciosa e delicada. E não é que a idiota da criança em lugar de perceber que isto tudo é apenas uma comédia, assusta-se? Capítulo X, os mesmíssimos psicólogos voltam a analisar a situação. Estão preocupados. A "cobaia" não está a reagir como previsto. Pedem ao tribunal que passe as visitas de quinzenais a mensais. Até ver.
Capítulo XI, acabadinho de acontecer. O Tribunal da Relação de Coimbra decretou que a criança deve ser entregue ao pai biológico. Três quartos do País, que já fez a sua escolha de quem deve ganhar este campeonato, levanta-se indignado, a minoria opositora bate palmas de contente; afinal, não está tudo perdido.
Capítulo XII. O que será feito da criança, a que deram o nome de pequena E?, pergunta a despropósito o leitor. Mas, meu Deus, quem é que lhe meteu na cabeça de que aquela criança de carne e osso tem alguma coisa a ver com esta história?
Isabel Stilwell
editorial@destak.pt
Haverá Santo (a) que a valha?

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

BROKEBACK MOUNTAIN

Quando era pequeno queria ser cowboy.
Aos dezassete anos tive uma óptima experiência de adaptação aos outros jovens num campo de férias.

Alberto do Mónaco

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

SCARLETT JOHANSSON vs MARILYN MONROE

(Só este título vai logo trazer um aumento de clicks a este post)

disse:
"Não percebo o porquê de me compararem constantemente a


nem vejo parecenças."

Eu também não percebo ... mas pronto eu sou morena e gira ... é natural que não perceba!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

POEMINHA DE LOUVOR AO "STRIP-TEASE"

Eu sou do tempo em que a mulher
Mostrar o tornozelo
Era um apelo!

Depois, já rapazinho, vi as primeiras pernas
De mulher
Sem saia;
Mas foi na praia!

A moda avança
A saia sobe mais
Mostra os joelhos
Infernais!

As fazendas
Com os anos
Se fazem mais leves
E surgem figurinhas
Em roupas transparentes
Pelas ruas:
Quase nuas.
E a mania do esporte
Trouxe o short.
O short amigo
Que trouxe consigo
O maiô de duas peças.

E logo, de audácia em audácia,
A natureza ganhando terreno
Sugeriu o biquíni,
O maiô de pequeno ficando mais pequeno
Não se sabendo mais
Até onde um corpo branco
Pode ficar moreno.

Deus,
A graça é imerecida,
Mas dai-me ainda
Uns aninhos de vida!

(Millôr Fernandes)

domingo, 29 de julho de 2007

sexta-feira, 6 de julho de 2007

RECADOS FRATERNAIS

Digo, fraternais, porque esta minha prima direita é a Mana que nunca tive, a MINHA MANA MIMI, que vive em Frankfurt, na Alemanha!
Mandou-me um email assim:
For your blog...Don´t know how to insert it... they keep me asking for a password....
(Para o teu blog...Não sei inserir...pedem-me uma password........)


A propôs, informa-se quem, eventualmente, quiser comentar no meu blog, que não precisa de passaword, basta clicar em Outro, pôr o nome que quiser e comentar como se não houvesse amanhã!!!!
Bem, voltando ao email recebido, passo então a inserir o que a minha Mana Mimi escreveu para mim.

Dearest Gigi,

Here's a poem from me to you - in German. As I was coming home, the words came flowing to & flying in my mind & I jotted them down. It's for your blog........ Hope you like it.

Querida Gigi,

Fica aqui um poema em Alemão que te fiz. Quando voltava para casa, as palavras começaram a jorrar e a voar na minha mente e eu rabisquei-as. É para o teu blog................. Espero que gostes!





Wenn ich ein Vöglein wär


Wenn ich ein Vöglein wär,
Und auch zwei Flügeln hätt,
Flög ich zu dir;
Weils aber nicht kein sein,
Bleib ich allheir.

Bin ich gleich weit von dir,
Bin ich doch im Schlaf bei dir,
Und red mit dir;
Wenn ich erwachen tu,
Bin ich allein.

Es vergeth keine Stund in der Nacht,
Dass mein Herze nicht erwacht,
Und an dich gedenkt,
Dass du mir viel tausendmal
Dein Herze geschenkt.

Viele Grüsse von Mana Mimi
Eis a minha tradução livre:
SE EU FOSSE UM PASSARINHO
Se eu fosse um passarinho,
E se duas asas tivesse,
Voaria para ti;
Mas como tal não pode ser,
Permaneço aqui.
Estou distante de ti,
Mas quando durmo estou junto a ti,
E falo contigo;
Mas ao acordar,
Estou sozinha.
Não passa uma hora de noite,
Que o meu coração não acorde,
E que não pense em ti,
E nas inúmeras vezes que tu a mim
O teu coração ofertaste.
Muitos beijinhos da Mana Mimi

(A imagem do passarinho foi a Minha Mana que mandou com o poema)

Sabem agora, os que me conhecem, porque é que eu sou uma pessoa feliz?

terça-feira, 3 de julho de 2007

POSTA DE PESCADA QUE NÃO É MINHA, MAS PODERIA BEM SER #2

A valsa dos delatores
Santana Castilho*
Componho esta valsa com o pensamento nas vitimas dos delatores, esses torpes seres que, nas palavras de François Miterrant, "fazem nojo aos cães". Componho esta valsa porque os nostálgicos dos velhos métodos do antigamente (1926-1974) estão de volta à Administração Pública. E antes que renasçam, qual "Phoenix" da "esquerda moderna", com as palavras emprestadas e adaptadas de Almada Negreiros, repetirei, indignado: " Basta! Pum! Basta! Uma geração que consente deixar-se representar por um delator é uma geração que nunca o foi! É um coio de indigentes, de indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o delator, morra! Pim! O delator é o escárnio da consciência! Se o delator é português, eu quero ser espanhol! O delator é a vergonha da intelectualidade portuguesa! O delator é a meta da decadência mental! E ainda há quem duvide de que o delator e os seus comanditários não valem nada, não sabem nada, não são inteligentes nem decentes, nem zeros!" A delação é um fenómeno de todos os tempos e sempre habitou o lado mais negro da espécie humana. Para medrar, não importa a época. Basta, como qualquer semente daninha, que encontre terreno propicio. É preciso, por isso, avisar todos os professores "Charrua".
Porque têm face e nome os que publicaram um guia incitando 700 mil funcionários públicos à bufaria. Que engendraram o "5 em 1", cartãozito tecnológico que poderá expor a nossa vida a qualquer morcão informático.
Que expuseram na praça pública os devedores ao fisco.
Que arregimentaram todas as policias sob comando do mesmo ministro.
Que colocaram sob a estrita dependência do primeiro-ministro os serviços de informação.
Que "expediram" para exílios dourados Ferro Rodrigues, João Cravinho e Manuel Maria Carrilho.
Que rasteiraram Mário Soares, Manuel Alegre e . , veremos, António Costa.
Que querem purificar o " jornalismo de sarjeta".
Porque, perante tal lista, que é bem mais longa, o terreno é propicio a que certos militantes, sem outras qualificações para subir na vida e chegar a dirigentes locais, regionais, centrais e outros que tais, que não delatar e lamber botas, apareçam venerandos e atentos.
Porque para eles não há amizades de 15 anos. Há promoções, fidelidades de ocasião, expectativas, subsídios, colocações, nomeações, recomendações, avaliações, excedentes (PRACE a que vais obrigar!...), ossos, restos de carne. Porque três décadas parecem ter chegado para varrer da escala de valores de tantos, que hoje detêm o poder, as referências primeiras da liberdade e da cidadania. Porque os cegou a obsessão de reduzir o défice ou, quem sabe, a ditadura apenas os incomodou por não serem eles que se sentavam na cadeira do poder.
É preciso que todos os professores "Charrua" se acautelem.
A História repete-se. E como ilustração deste ponto de vista, recordo a saga exemplar, que mereceu glosa cinematográfica, de Joaquim Silvério dos Reis, o delator dos "inconfidentes mineiros".
Era coronel, senhor de terras e dono de minas. Devido aos pesados impostos cobrados pela Coroa de Portugal, estava falido. Convidado para participar na "Inconfidência Mineira", uma revolta ocorrida em 1789, na então Capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra o domínio português, Joaquim Silvério dos Reis aceitou. Mas, tendo-lhe alguém acenado com possibilidade de ter as suas dívidas perdoadas pela Coroa, delatou os "inconfidentes" seus companheiros. O expediente valeu-lhe a evaporação dos débitos fiscais. Como incentivo público à delação, foi-lhe concedido um cargo oficial. A Coroa agradecida deu-lhe uma pensão para toda a vida e uma nova moradia, além de um título nobiliárquico. Que eu saiba, não passeou a cavalo na Praça Vermelha, devidamente encerrada aos olhares da plebe. Mas na primeira oportunidade foi recebido em Lisboa, com pompa e circunstância, pelo príncipe regente, D. João.
Que canalha!...

* Professor do ensino superior.
(Recebido por email)

segunda-feira, 2 de julho de 2007

MOMENTO SÉRIO...

neste blog; às vezes dá-lhe para isso!!! Foge-me das mãos!
É varina, usa chinela
tem movimentos de gata.
Na canastra, a caravela;
no coração, a fragata.


Em vez de corvos, no xaile
gaivotas vêm pousar.
Quando o vento a leva ao baile,
baila no baile co'o mar.


É de conchas o vestido;

tem algas na cabeleira;

e nas veias o latido

do motor de uma traineira.

Vende sonho e maresia,

tempestades apregoa.

Seu nome próprio, Maria

Seu apelido, Lisboa
David Mourão-Ferreira

(1927-1996)